20 julho 2012

A Invenção de Hugo Cabret - Brian Selznick


Título Original: The Invention of Hugo Cabret
Gênero: Infanto-juvenil/Aventura
Autor: Brian Selznick
Editora: Edições SM
Nota: 5/5 estrelas

Hugo Cabret é um menino órfão que vive escondido na central de trem de Paris dos anos 1930. Esgueirando-se por passagens secretas, Hugo toma conta dos gigantescos relógios do lugar: escuta seus compassos, observa os enormes ponteiros e responsabiliza-se pelo funcionamento das máquinas.
A sobrevivência de Hugo depende do anonimato: ele tenta se manter invisível porque guarda um incrível segredo, que é posto em risco quando o severo dono da loja de brinquedos da estação e sua afilhada cruzam o caminho do garoto.
Um desenho enigmático, um caderno valioso, uma chave roubada e um homem mecânico estão no centro desta intrincada e imprevisível história, que, narrada por texto e imagens, mistura elementos dos quadrinhos do cinema, oferecendo uma diferente e emocionante experiência de leitura.
                Não esperava tanto do livro e me surpreendi. Me disseram que era feito de apenas ilustrações e que não valia a pena, o que foi um engano total. “A Invenção de Hugo Cabret” é um dos mais belos e deliciosos livros que já tive o prazer de ler. Sabe aquele livro onde você não tem vontade de parar? Que você se sente bem com o desenrolar da estória? Ela é leve e prazerosa e merece todo o prestigio que teve.

                Hugo Cabret é um menino de 12 anos que ficou órfão e mora na estação de trem, alinhando à hora dos relógios do jeito que seu tio o ensinou. Nas horas vagas Hugo rouba peças da loja do Sr. Méliès para consertar um autômato que seu pai achou no depósito do museu, foi a única coisa que restou de seu pai, que morreu em um incêndio no próprio museu. Um dia, Hugo é pego no flagra pelo Sr. Méliès e consequentemente acaba conhecendo Isabelle, “sobrinha” do mesmo que virá a ser sua grande amiga. 

                Hugo e Isabelle acabam descobrindo quem é de verdade o Sr. Méliès e quem é o dono do autômato, que são os pontos altos da estória.

                Envolvente do começo ao fim, as ilustrações não atrapalharam em nada e pelo contrário, ajudaram muito. Há muitas indicações de filmes que você fica se perguntando “Que filme é esse que ele está falando?” Então, na página seguinte ele traz a imagem. Particularmente adorei esta maneira de transmitir as passagens, nos poupa de muita descrição o que é exatamente que faz a leitura ficar leve. 

                Não sabia que Georges Méliès realmente tinha existido e que tinha sido um grande cineasta, não achei que o livro deturpou sua imagem, pelo contrário, apesar da estória ser fictícia só nos fez ter mais e mais vontade de procurar saber sobre suas obras e sua vida, mostrando para muitos (como eu) o quão importante foi o seu trabalho. 

                Além do livro, cheguei a ver o filme um dia antes do Oscar e posso assegurar que é bem fiel a obra, claro que com algumas modificações, mas nada que deixe o filme desinteressante e fora de foco. O que só o fez merecedor dos cinco prêmios que ganhou. 



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